14 de junho de 2012

O joio e o trigo




Na parábola do joio e do trigo, Jesus diz que em meio à boa semeadura, um inimigo semeou sementes ruins; conta que o dono das terras recusou que seus empregados arrancassem as plantas nascentes, "para que não suceda que, tirando o joio, arranqueis com ele também o trigo. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa".

Tenho absoluta convicção que vivemos tempo de permissão do crescimento que antecede a colheita do joio e do trigo. Vemos em todas as áreas um intenso confronto de ideias e ideais, permanente luta entre bem e mal, um tortuoso conflito entre certo, errado, moral, imoral, amoral, normal e natural.

Se Deus procedesse, como muitos questionam que poderia fazer, com a arrancada do joio (o mal e quem lhe representa), poderia tirar a a oportunidade da planta (alma humana) de crescer e amadurecer seus grãos (evoluir através das experiências), impedindo-a de mostrar que, em realidade, é trigo (tornou-se partidária do Bem).

Deus é onisciente e sabe quem é joio e quem é trigo, quem tem no peito a ânsia de lutar contra as imperfeições e tornar-se pessoa digna e moral, boa em seus atos, pensamentos, intenções, bem como quem ainda não é assim. Deus poderia, desde já, desde sempre, eliminar o mal da Terra excluindo tais espíritos renitentes do planeta, deixando somente os bem intencionados. Mas seria isso justo? Quem gostaria de ser julgado pelo que ainda não pensou, ainda não decidiu, ainda não realizou? Se o prêmio não é lícito a quem não o ganhou, seria lícita a punição a quem ainda não errou?

Na sua imensurável justiça, Deus tem dado o tempo necessário (o qual finda, neste planeta), para que os que ainda estão sobre o muro (como a maioria dos indivíduos está), decidam o que querem para si mesmos.

Os que decidirem descer para o lado escuro do muro serão tragados pelas próprias ações e levados a um mundo compatível com seus temporários ideais. Serão futuros " Adão e Eva", expulsos do paraíso, que lutarão contra as adversidades de um mundo inóspito, a fim de que pela necessidade conheçam o trabalho construtivo e a fraternidade.

Os que decidirem descer para o lado da luz, estes irão reconstruir a Terra, pois aqui temos muita beleza, muita boa vontade, conhecimento tecnológico, científico, filosófico, possibilidades suficientes para deslanchar nossa evolução rapidamente, quando a maioria assim o quiser.

Os que ainda estão sobre o muro, sem saber se são bons ou maus, agindo irresponsavelmente ou vivendo omissivamente, estes, é uma pena, tendem a ser joio... a inatividade, o comodismo, o egoísmo de defender apenas o que lhes convém não são atitudes representativas de amor, de fraternidade, de caridade, não são qualidades do trigo.

É tempo de acelerar o crescimento na direção do sol, produzindo os frutos corretos. Para os que creem em salvacionismo sem esforço, para os que descreem de Deus, para os que acreditam que sempre terão tempo para dar um jeitinho, somente posso sugerir que pensem que a vida física acaba e que se o que digo agora (ideia espírita inspirada no Cristo) for verdade (tenho certeza que é), talvez sofram por não terem escolhido a bagagem correta para a grande viagem.

Sei que não luto só.
Desejo paz a cada coração.




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Um comentário:

  1. mais um aprendizado com esse texto. sao alivios para nossa alma, ainda em busca da colheita, esses ensinamentos. obrigado.

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